18 de janeiro de 2008

Adeus CD

A Vivo e a LG acabaram de anunciar o lançamento de um novo celular. A maior novidade é que ele custará R$ 10 para os clientes pós-pagos da operadora e terá todas as músicas do último CD do conjunto Simple Plan. Essa inovação é mais um movimento da indústria mundial em direção ao novo consumidor, que gera seus próprios conteúdos e se relaciona sem intermediários com as marcas. É pura netnografia. Para os interessados aqui está o release do anúncio.

O roadmap do século 21

Esse é um vídeo que vale olhar como um exercício de futurologia e como os negócios serão movitos, essencialmente, a Bites nos próximos 100 anos. É um vídeo até longo para os padrões do Youtube.

Tangotech

Não existem mais fronteiras para os negócios movidos a bites. A mão-de-obra também está se tornando móvel e alocável em qualquer parte do planeta. A seguir uma história real e singular desse fenômeno. Uma grande multinacional americana com um gigantesco projeto em andamento na Argentina está recrutando especialistas brasileiros nas áreas de gerenciamento de projetos, técnicos em Java e controle de qualidade de softwares. São centenas de vagas e as exigências envolvem o domínio da língua inglesa, salários acima da média do mercado brasileiro e contratos sob o regime CLT. Quem está fazendo a seleção para o cliente na Argentina é a subsidiária brasileira da Digital Intelligence Systems - DISYS, uma empresa americana especializada no recrutamento de mão-de-obra para o setor de tecnologia (www.disys.com). O seu foco são executivos de nível médio interessados em oportunidades de trabalho em todo o mundo. “Não importa onde o candidato mora no Brasil. O que nos interessa é a competência”, afirma o Country Manager da DISYS, Marcos de Almeida. Outro aspectro interessante dessa busca é a forma como, em parte, ela está acontecendo. Almeida tem selecionado gente a partir dos seus contatos, do banco de dados e com a ajuda da nanomídia. Ele fez uma primeira experiência nesse sentido e postou o conteúdo publicado na edição desta sexta-feira da newsletter de negócios de tecnologia Bites em vários blogs nacionais e até comunidades no Orkut.

17 de janeiro de 2008

O guarda-roupa

Essa históría é pura netnografia e também ilustra como os negócios são movidos a bites. “O mundo físico ainda é a melhor escola de vendas.” Esse é o conceito empregado com disciplina pelo empresário Thiago Fiorin nos projetos em torno da sua empresa, a Idéias Pontual. A companhia é especializada em fazer e gerenciar portais de comércio eletrônico e descobriu com um dos seus clientes que o consumidor virtual não está tão longe do real, como muitos ainda acreditam. Ao aprimorar o sistema de vendas eletrônicas para a rede KD, que está na internet há quase cinco anos, Fiorin ficou intrigado com a baixa aceitação de guarda-roupas. Eram menos de três unidades comercializadas por mês. “Um mistério que nos incomodava .” Foram feitas várias tentativas. De promoções diferenciadas até descontos maiores. Até que alguém teve uma simples idéia: ir nas lojas de rua da KD para observar vendedores e clientes. Durante esse período, Fiorin e sua equipe ficaram estudando cada movimento e com olhos nos detalhes. O que mais chamou atenção era a forma como alguns clientes olhavam o guarda-roupa antes de levá-lo para casa. “Eles abriam a porta para olhar por dentro”, explica o diretor da Idéias Pontual. A partir desse momento, o site das lojas KD incorporou imagens internas dos guarda-roupas, como este exemplo à direita. Foram suficientes apenas dois meses para mudar a realidade. “As vendas triplicaram”, afirma Fiorin. Com a receita do sucesso nas mãos as lojas KD adotaram o conceito como padrão. Todos os fornecedores de armários de quartos foram orientados a mandar fotos externas e internas dos produtos. “Quem não envia não vende”, diz Fiorin. “Nem colocamos no site.”
Esse aprendizado ajudou a resolver outro problema: as vendas de cozinhas. Na primeira versão do site da KD os produtos eram colocados como um único conjunto, a chamada cozinha completa. Mais uma vez, o consumidor mostrou sua força. O desempenho das vendas só mudou depois que o site passou a vender itens em separado. A KD descobriu com a ajuda da equipe de Fiorin algo que muitas operações de comércio eletrônico ainda nem perceberam. É certo que o cliente das primeiras operações de vendas pela internet tinham hábitos bem diferenciados, mas o tempo se encarregou de encurtar essa distância. As relações entre as empresas e seus clientes mudaram porque a tecnologia mexeu com conceitos básicos do comércio, a distância e o tempo. Além disso, o cliente ficou melhor protegido de surpresas e passou a entender melhor o seu poder de fogo na hora de efetuar uma operação de comércio eletrônico. “Estamos assistindo uma pequena revolução diante dos nossos olhos”, afirma Aloisio Sotero, que há anos como BPO (Business Process Outsourcing) de empresa como a Dufry tenta entender esse novo consumidor para colocar na vitrine virtual as melhores ofertas de produtos.
Mesmo com a crescente força de grandes portais de comércio eletrônico, como Amazon nos Estados Unidos e o Submarino por aqui, as vendas pela internet estão entrando num novo ciclo. O ano está começando com o desembarque de um novo conceito. Será a vez das nanonetworks. Nesses novos ambientes virtuais os mesmos consumidores que nos últimos tempos compraram pela rede e hoje geram seus próprios conteúdos começarão a fazer negócios entre si. Comunidades inteiras, por exemplo, de colecionadores de discos em vinil que poderão comprar e vender sem a interferência das grandes marcas. E mais uma vez. Consumidores cada dia mais próximos ao conceito que os antigos comerciantes conseguiram entender e ganhar dinheiro atendendo a essa demanda dos seus clientes. A experiência da rede KD comprova que ao se recusar ouvir a voz do cliente, mesmo que seja fazendo uma ligação entre o virtual e o real, qualquer marca poderá ficar para trás de concorrentes mais ágeis e arrojados.

15 de janeiro de 2008

Coca-Cola é isso ai



A subsidiária inglesa da Coca-Cola também quer ouvir seus consumidores no Reino Unido. Os caminhos tradicionais foram descartados e a companhia preferiu utilizar o conceito do conteúdo gerado pelo consumidor. Na primeira fase o Letsgettogether vai cadastrar consumidores interessados em encontrar os executivos da Coca inglesa para uma conversa face-to-face. Na pauta uma conversa franca sobre os produtos e atividades da companhia. No segundo momento a intenção é abrir um canal regular de conversas com os clientes numa espécie de focus group em tempo real.

14 de janeiro de 2008

Nanomídia no terceiro setor

Redes Sociais como blogs, fóruns de discussão... a geração de 20 a 30 anos utiliza o poder da nanomídia e do conteúdo gerado pelo consumidor para apoiar os projetos de professores, patrocinar os estudos de uma criança ou lutar contra a pobreza. O site Kiva, que agrupa mais de 90.000 doadores e já arrecadou mais de 19 milhões de dólares, propõe aos internautas uma fórmula de microfinanciamento. O doador é contactado com o eventual beneficiário em um país em desenvolvimento e pode, se o desejar, visitá-lo. Conscientes do êxito das ONGs virtuais, que seduzem dezenas de milhares de jovens internautas, os sites de relacionamento como Facebook e MySpace associam-se a elas para lançar novos instrumentos de arrecadação. Em maio de 2007, Project Agape, especializada em ações sociais, e o Facebook inauguraram "Causes", que incita aos usuários do segundo a se reunirem em comunidades em torno de uma causa que os interesse.