Mandar emails com mensagens de marketing é algo que as empresas deveriam evitar no curto prazo. Há motivos de sobra para se tomar esse cuidado. O mais importante deles é que ninguém suporta mais receber tantas mensagens em sua caixa, sendo que a maioria não é permitida pelo dono do endereço eletrônico. Há uma crença no mundo das empresas que prestam esse tipo de serviço que a quantidade gera qualidade. Tradução: quando mais lotada ficar a caixa postal dos destinatários mais chances a marca tem de ser vista por um potencial comprador. Essa é uma visão ultrapassada e em completo descrédito por quem acredita que o email marketing é um instrumento de relacionamento real entre as empresas e seus clientes. Os executivos Murilo Gun e Bruno Queiroz integram um grupo de profissionais que tratam o assunto de maneira. Entendem tanto do tema que lançaram o livro Estratégias de E-mail Marketing – como obter resultados através do marketing direto na internet. Com 201 páginas, a publicação mostra como enviar mensagens publicitárias para os usuários da internet. "A regra número 1 nunca pode ser esquecida: você não pode, não deve e não vai mandar um email para quem não quer recebê-lo", afirma Queiroz, diretor da Cartello, que desenvolveu uma plataforma de email marketing inteligente utilizada por diversas empresas em todo o País, entre as quais BITES. "As empresas precisam construir na sua comunicação digital uma relação de confiança com quem recebe suas mensagens." Há muitas mudanças nesse mercado. A mais significativa delas atinge produtores de email marketing que não souberam agregar valor ao produto. Hoje, enviar simples um HTML com uma mensagem ou uma promoção já não desperta tanto interesse, o que torna mais difícil a conversão da venda. O email marketing da era das redes digitais de relacionamento precisa ser mais inteligente ao compreender a sua base de assinantes que autorizam o recebimento das mensagens. Um exemplo é o uso de instrumentos de análise, como o Google Analitics, ou a utilização de técnicas de indexação a partir de palavras-chave. "O conteúdo é apenas parte do processo e ele precisa estar inserido num contexto de relevância", explica Queiroz. O livro pode servir como guia de orientação para empresas que já entraram nesse mundo ou que passaram por experiências negativas ou que estão se iniciando nesse tipo de comunicação. Os autores colocam cinco grandes desafios desse mercado: a construção de uma base de emails de usuários autorizando recebimento das mensagens, como evitar spams, como otimizar a entrega da mensagem ao destinatário, como diferenciar a mensagem entre as outras e como mensurar e melhorar os resultados. "Você precisa fazer uma análise técnica, de conteúdo e estratégica sobre todos os projetos de email marketing. Acabou o tempo que era só enviar a mensagem e, supostamente, esperar pelo resultado", diz o diretor da Cartello. Essas mudanças são importantes porque a cada dia as companhias descobrem novas formas de se comunicar com os seus consumidores que estão na internet. As redes sociais, como o Orkut, já são utilizadas para lançar mão de suas ações de comunicação corporativa. Mesmo assim, o email marketing tem seu espaço desde que seja reinventado. A sua reinvenção chama-se Newsmail . significa tratar a sua audiencia como se estivesse recebendo uma noticia importante para melhorar a sua decisão de compras. As pessoas não acessam a web para procurar anuncio , as pessoas acessam a web para procurar informações.
23 de outubro de 2008
O novo email marketing chama-se Newsmail
Postador Aloisio Sotero / Manoel Fernandes em 01:19 0 Comentários
Palavras-Chave Conteúdos Gerados pelos Consumidores, Nanomídia, Netnografia
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