O mundo corporativo colocou em 2008 os holofotes sobre os personagens da social media brasileira. As empresas perceberam a importância desse novo canal de comunicação interativo e não perderam tempo. Organizaram eventos, participaram de conferências, implementaram algumas estratégias tímidas e, sobretudo, emprestaram seu capital social para blogueiros, donos de comunidade no Orkut, no Flickr e em outras redes sociais. Alguns desses personagens responderam à altura e conseguiram estruturar um diálogo com as companhias. Era a época da bonança e gastar recursos para a construção de marcas junto aos atores desse novo mundo fazia sentido. Agora, em 2009, tudo será diferente. A social media do País precisa ajudar as empresas naquilo que elas mais querem em tempos de crise: vender. "Quem não oferecer essa resposta para os departamentos de marketing vai ficar fora do jogo. A época da festa acabou", afirma um executivo de uma grande companhia multinacional que no ano passado investiu centenas de milhares de reais em ações de marca para a social media nacional. "Agora o que determina qualquer tipo de planejamento é o retorno sobre o investimento. Traduzindo: precisamos vender nossos produtos." Essa percepção não é exclusiva desse executivo. Entrevistados por BITES outros diretores de marketing afirmaram que os blogs e quaisquer outros canais de comunicação 2.0 precisam oferecer respostas concretas para um ano que promete ser um dos mais duros desde o lançamento da versão comercial da internet em 1995. "Muitos dos meus colegas não tem a menor idéia como oferecer uma resposta para essa demanda", afirma Marcelo Vitorino, empresário e acionista majoritário da rede de blogs InBlogs. "Quem não se profissionalizar continuará à espera de ganhar brindes das empresas." Vitorino é mais radical. Ele diz que a social media do Brasil é imatura para enfrentar tempos de crise. E a situação não está realmente fácil. O lado positivo desse atual momento é que a redução nas verbas de marketing poderá colocar a internet no centro das atenções das áreas de marketing. Com pouco dinheiro, as companhias serão mais seletivas em seus investimentos em publicidade e irão procurar projetos capazes de oferecer retorno rápido com qualidade. E nesse ponto investir em estratégias digitais de relacionamento pode ser uma opção real para cumprir as metas de venda de 2009.
13 de janeiro de 2009
Vender é preciso
Postador Aloisio Sotero / Manoel Fernandes em 00:01 0 Comentários
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