23 de agosto de 2007

Bradesco faz marketing convergente

Até hoje o Bradesco adota um modelo quase empírico na hora que algum funcionário vai vender produtos e serviços para os clientes. Os gerentes são os mais pressionados porque precisam cumprir metas e correm atrás dos correntistas com propostas que às vezes estão longe das necessidades dos clientes. Não há uma estratégia definida. Muito menos informação para entender melhor a necessidade de cada cliente. É o marketing por estimativa e pressão. Esse modelo deve ficar no passado. Com a ajuda de inovações tecnológicas e um melhor tratamento das informações do seu banco de dados, o Bradesco prepara para os próximos meses uma grande mudança nesse conceito. A novidade muito se aproxima da estratégia das empresas telefonia móvel que procuram ser bastante flexíveis no pacote de serviços oferecidos aos clientes. Algo parecido com o mercado de TV por assinatura onde as companhias montam pacotes para determinados grupos de assinantes. O Bradesco montará daqui em diante uma cesta de ofertas de acordo com o perfil de renda, saldo e relacionamento com a instituição. Sob certos aspectos cada gerente do Bradesco terá em mãos um novo conjunto de informações, algumas em tempo real, para ajudá-los no convencimento de sua base de clientes. Nem todos os 16,9 milhões de clientes serão beneficiados. Esse tratamento diferenciado será dedicado a um grupo bem seleto de correntistas. Aqueles CPF’s que têm investimentos, cartões de crédito e são tratados com deferência em agências especiais. A tecnologia ajudará o Bradesco a estreitar ainda mais seu relacionamento com esse contingente de pessoas de alta renda e que às vezes não faz tantos negócios com o Bradesco. “É a descoberta pelo sistema financeiro do conceito de business inteligence”, ironiza um executivo do mercado sobre a aplicação de tecnologia para criar mecanismos customizados de atendimento aos clientes de empresas de diversos segmentos.

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